Carne para Trouxas

Polícia apreende carne transportada irregularmente em Moreno

JC Online

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 250 quilogramas de carne bovina que estavam sendo transportadas irregularmente. A apreensão aconteceu na tarde desta sexta-feira (31), no quilômetro 27, da BR 232, no município de Moreno, Região Metropolitana do Recife.

Segundo informações da PRF, a carne estava sendo transportada em condições extremamente precárias, dentro de uma Kombi de placa KFJ 9032-PE. Segundo o proprietário da carga, Evandro José de Oliveira, o gado foi abatido em sua própria granja em Jaboatão dos Guararapes e estava levando o material para um açougue, do qual também é dono no centro de Moreno.

Outras irregularidades como o desgaste dos pneus da Kombi, passageiros que não usavam cintos de segurança e pessoas que estavam sendo transportadas no compartimento de carga foram encontradas.

A vigilância sanitária foi chamada para autuar o transporte de carne fora da câmara frigorífica e sem o carimbo do serviço de inspeção.

Se você acha que isso é um caso isolado, se você realmente crê que não te empurram produtos de origem animal com validades adulteradas ou produzidos e transportados já sem as mínimas condições de higiene o tempo todo, mesmo já tendo visto várias notícias sobre o assunto, então meu caro, você é o perfeito candidato a comprar a “escritura” da Ponte Rio-Niterói, por um preço “baratinho” de algum trombadinha na praça da Sé que disse ter herdado de um falecido parente no RJ.

Petisco para Urubus

Doença misteriosa mata gado e assusta pecuaristas em Pernambuco

Doença misteriosa mata gado e assusta pecuaristas em Pernambuco

Amostras do pasto são analisadas para identificar as causas das mortes.
Veterinários do estado estão fazendo a biópsia dos animais.

Do G1, com informações do Globo Rural

Uma doença ainda não identificada está matando o gado em fazendas de Pernambuco. O problema surgiu ano passado, desapareceu no verão e agora está de volta.

Valdomiro Florêncio é pecuarista em Garanhuns (PE) há 40 anos. No inverno do ano passado ele perdeu 35 animais. O gado morreu e ninguém soube a razão. Um ano depois, quando ele já havia se recuperado do susto, houve novas mortes. Mais 38 animais morreram também no inverno e de repente. A vaca não apresentava sintomas e morreu em menos de 12 horas.

“Às vezes, a gente vai para o campo e animal está bem, em pé. Então, ele fica com a barriga arriada. Em cerca de uma hora, fica travado com as quatro patas e sai meio baleado”, disse seu Valdomiro.

Na fazenda vizinha de seu Valdomiro, onde não havia morrido nenhum animal, as perdas começaram exatamente na mesma época. “Foram feitas todas as vacinas nesse gado, acompanhado por veterinário. Quando é agora ninguém sabe o que está acontecendo”, falou o criador Fábio Ferreira.

A vaca, que na noite anterior não apresentava nenhum sintoma da doença, amanhece sem conseguir se levantar. No ano passado, quando os primeiros animais morreram, exames realizados pela Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro), descartaram as hipóteses de contaminação por vírus ou bactérias.

O laudo da Universidade Federal Rural de Pernambuco apontou como possível causa das mortes uma intoxicação por plantas, mas as amostras colhidas no pasto, segundo a Adagro, deram resultado negativo. Como as mortes voltaram a acontecer sem causa esclarecida, os técnicos visitam algumas das 15 propriedades onde morreram animais para conversar pecuaristas, colher novas amostras de plantas e fazer necropsia de bois.

“Pode ser uma bactéria que produz uma toxina que pode matar. Mata com morte aguda, num curto período de tempo”, disse Fernando Leandro, professor de patologia veterinária da UFPE.

Antes, a solução encontrada pelos pecuaristas era mudar o rebanho de pasto. Mas a Adagro orienta que isso não seja feito, embora não haja indícios suficientes para dizer que a doença é contagiosa.

“O procedimento utilizado é deixar o animal enfermo na propriedade onde serão coletadas amostras. E se houver o óbito, ele deverá ser enterrado na própria propriedade”, explicou Késia Alcântara, assessora técnica da Adagro.

Amostras dos animais mortos serão enviadas para laboratórios de São Paulo e Recife para análise.

Veja mais no site do Globo Rural

Abipecs quer suínos fora da Expointer por receio da gripe

Abipecs quer suínos fora da Expointer por receio da gripe

Preocupada com a possibilidade de contaminação de suínos pela gripe A, a exemplo do que já ocorreu na Argentina, a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) solicitou ao Ministério da Agricultura que proibisse a entrada desses animais na Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer). A feira está marcada para ocorrer entre os dias 29 de agosto a 6 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, no Rio Grande do Sul.

De acordo com o site da Expointer, foram inscritos para a exposição deste ano 6,146 mil animais, número muito próximo ao verificado no ano passado (6,142 mil). Deste total, 191 são suínos, que este ano estão em quantidade inferior à verificada na edição de 2008 (237 animais). “Queremos a proibição da entrada dos suínos para proteger os animais”, argumentou o presidente da Abipecs, Pedro Camargo Neto. “Mas parece que o Ministério da Agricultura não está muito empenhado nesta tarefa”, continuou.

O Ministério da Agricultura não possui poder para proibir o trânsito de animais, segundo informou a assessoria de imprensa da pasta. O máximo que o governo pode fazer, de acordo com a assessoria, é recomendar ao pecuarista que não trafegue com os animais, dada a possibilidade de contaminação. Na edição do ano passado, de acordo com organizadores do evento, a feira comercializou R$ 446,5 milhões em produtos.

Insatisfação

A notícia sobre a habilitação de mais dois frigoríficos de Santa Catarina pelo serviço veterinário russo foi minimizada por Camargo Neto. “Isso é bom para o frigorífico contemplado, mas não muda o mercado nem interfere nos preços, que estão baixos.” A insatisfação de Camargo Neto tem base no sistema de cotas praticado pela Rússia.

Na semana passada, foi adiada, mais uma vez, a decisão da Rússia a respeito de uma possível descontinuidade de seu sistema de cotas de importação de carnes. Representantes do governo brasileiro já fizeram sete visitas ao país este ano para tratar do tema com o intuito de que não haja segmentação das compras do produto a partir de 2010, quando o sistema expira, caso não seja renovado.

A proposta levada pelo Brasil é a de cota única, com apenas um tipo de tarifa, ganhando mercado o produtor mais competitivo. Atualmente, a Rússia privilegia a União Europeia e os Estados Unidos, que, juntos, têm direito a 98% do mercado russo da carne de aves, 83% do de bovinos e 67% do de suínos. O Brasil disputa com outros países o porcentual que sobra e paga taxa de importação, que pode chegar a 95%, quando exporta fora da cota. A atenção com a decisão do país tem uma motivação muito forte: é que 50% das exportações de carne suína brasileira são para a Rússia.

17 propostas na Câmara sobre uso de animais em circos

Há atualmente 17 propostas na Câmara sobre uso de animais em espetáculos circenses.

Agência Câmara

Em abril de 2000, uma fatalidade chamou a atenção de todo o País para a questão dos animais de circo – o menino José Miguel dos Santos, de seis anos, foi morto por um leão do circo Vostok, em Jaboatão dos Guararapes (PE). O animal também foi morto e o circo, processado pelos pais do garoto. O caso chamou a atenção para a falta de segurança com animais de circo.

Oito anos depois, um novo caso relacionado a animais de circo ganhou destaque no noticiário, desta vez por denúncias de maus-tratos. Em agosto de 2008, o Ibama de Brasília, a pedido do Ministério Público, apreendeu animais do Le Cirque sob acusação de acomodação em espaços inadequado e tratamento cruel.

Proibição de animais
Os dois casos acabaram incluindo a normatização de atividades circenses na agenda da Câmara. Atualmente, há 17 projetos em tramitação na Câmara dos Deputados com o objetivo de regulamentar ou mesmo proibir a utilização de animais em circos. As propostas tramitam conjuntamente.

A proposta principal é o Projeto de Lei 7291/06, já aprovado pelo Senado. O texto original da proposta, do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), instituía apenas o registro obrigatório dos animais.

Após passar pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Educação e Cultura da Câmara, no entanto, a proposta ganhou um substitutivo que proíbe a utilização de animais em circos no Brasil por um período de oito anos.

No último dia 15, o relator das propostas na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), apresentou seu parecer, no qual recomenda a aprovação do substitutivo, com apenas ajustes de redação.

Procedimento ultrapassado
Tripoli argumenta que é favorável ao fim da utilização de animais em espetáculos circenses. Ele lembra que os circos modernos já não utilizam animais. “O animal do circo vai do picadeiro para a jaula e da jaula para o picadeiro, sem falar na forma com que eles são treinados”, explica.

Para o deputado, não deve haver grandes problemas para aprovar o projeto na CCJ. Ele lembra que, apesar de o projeto do Senado ser de 2006, há propostas em tramitação na Câmara desde 2000, quando ocorreu o incidente do Circo Vostok.

Sua maior preocupação é com a adaptação dos circos para que eles aprendam a existir sem animais, além do futuro dos próprios bichos depois que deixarem o picadeiro. “Os animais precisaram ser transferidos para zoológicos e abrigos e os circos precisam receber apoio pela Lei Rouanet para se modernizarem”, adverte.

Já o deputado João Matos (PMDB-SC) tem dúvidas de que a proposta seja aprovada como está. Ele defende a concessão de um prazo maior para que os circos se adequem à nova realidade.

Telefônica não pode cobrar multa pelo cancelamento do Speedy

Telefônica não pode cobrar multa pelo cancelamento do Speedy

G1

Decisão vale por 90 dias a partir de 06/07/09.

Empresa aceitou recomendação do Ministério Público Federal.

A Telefônica informou na sexta-feira (03/07/09) que não vai cobrar multa pelos cancelamentos de contrato do serviço de internet Speedy efetuados no prazo de 90 dias a partir da segunda-feira (06/07/09). A decisão atende à recomendação do Ministério Público Federal divulgada na quinta-feira (02/07/09) e é válida para todos os assinantes do serviço.

Essa foi apenas para lembrar a todos que estão insatisfeitos com a prestação de serviços da Telefônica em sua internet de banda larga.

Entrevista sobre o documentário "Death on a Factory Farm"

Investigador “Pete”, de documentário americano sobre crueldade contra porcos, cede entrevista

Vista-se

Usando o pseudônimo “Pete”, ele investigou as crueldades que aconteciam numa fazenda de criação e abate de porcos no estado americano de Ohio.

Munido de uma câmera escondida, “Pete” flagrou funcionários da fazenda arremessando porcos em pequenas gaiolas, animais doentes sendo agredidos covardemente, porcos acorrentados sendo puxados para o abate, entre outras crueldades.

Veja mais no canal do Youtube criado especialmente para o documentário

Tanto os funcionários, quanto os proprietários da fazenda, foram levados a corte americana.

As cenas chocantes gravadas no interior da fazenda durante o ano de 2006 deram origem ao documentário “Death on a Factory Farm” (Morte em uma Fazenda-Fábrica), que será lançado na próxima segunda-feira(16.03) nos Estados Unidos, pelo canal de TV paga HBO.

“Pete” concordou em conceder uma entrevista a revista americana Time, de grande circulação no país, contando do documentário e falando um pouco mais sobre sua vida pessoal. Leia abaixo a íntegra.

TIME: Como você começou nessa linha de trabalho?
PETE: Meu plano inicial de vida era me tornar policial e depois ingressar no FBI. Mas comecei a aprender que coisas piores que os seres humanos faziam consigo próprios, faziam também com os animais – só que numa escala bem maior. Senti que já havia pessoas suficiente trabalhando em favor da lei, mas que não havia gente suficiente trabalhando pelos direitos dos animais. Em 2001, tive aulas com um investigador particular e meu primeiro trabalho foi num canil em Arkansas.

TIME: Quantos anos você tem?
PETE: Não posso dizer. Deculpe-me.

TIME: Você trabalha nisso em período integral?
PETE: Eu trabalho baseado em contrato.

TIME: Como esse trabalho tornou a pessoa que você é hoje em dia?
PETE: Esse trabalho mudou completamente a pessoa que sou e mudou também o jeito que vejo o mundo. É uma vida muito solitária e depressiva. Na maior parte do tempo eu tenho que me passar por alguém que não sou. A maioria do meu círculo social diz que sou uma pessoa diferente e que estou tentando esconder uma parte de mim.

TIME: Quanto isso abala sua saúde mental?
PETE: Estou mudando constantemente e assumindo outras identidades. É difícil gerenciar esse tipo de vida.
Já fiz coisas das quais não me orgulho – coisas que eu não quero admitir, mesmo em meu bloquinho de anotações, no final do dia. Mas os animais precisam de uma recompensa. Mesmo isso me irritando, eu sinto que preciso continuar. Mas qualquer sonho que eu tinha antes de começar neste trabalho, se foi.

TIME: Você acha difícil manter um relacionamento pessoal devido ao seu trabalho? Você atualmente está numa relação amorosa?
PETE: Não estou numa relação. Isso não quer dizer que eu não queira. Mas eu sou um mentiroso profissional – esse é o jeito que um trabalho anônimo tem que ser. Vou encontrar alguém e direi que tenho um trabalho, mas não falo a respeito. E de repente me torno uma pessoa estranha. O resultado é que não tenho uma vida muito pessoal.

TIME: Há momentos em que você tem que judiar de animais para que as pessoas com as quais você trabalha não levantem suspeita sobre o que você está fazendo lá?
PETE: Constantemente. Há certas organizações que têm protocolos que os investigadores precisam seguir. Mas para mim, se um supervisor me diz para fazer algo, tento mostrar que existe um protocolo a ser seguido, que pode ou não ser contra a lei. Trabalhando como um investigados oculto, você não precisa alterar nada. Você apenas mostra as coisas do jeito que elas são.

TIME: Você é vegetariano?
PETE: Sim, sou vegan.

TIME: Você sempre se simpatizou com as pessoas com as quais trabalha?
PETE: Sempre. A grande maioria das pessoas com as quais eu trabalho são educadas e atenciosas. Eles só não têm respeito pelos animais. Mas eu culpo as empresas e não os trabalhadores em si.

TIME: Existe alguma condição que faz com que você concorde com a criação de animais para alimentação?
PETE: Não acredito que os animais estão aqui para que nós possamos explorá-los e eu não acredito que haja qualquer motivo para que criemos animais para a alimentação humana.

TIME: O que causa mais efeito para o movimento animal – a exposição das imagens que você faz a público, ou medidas legais?
PETE: Mudar as leis é o que provavelmente eu preferiria. Se você tem a lei sendo alterada, você contribui para as causas dos movimentos animais. Isso contribui inclusive para essas investigações. Não somos um bando de investigadores ilegais trabalhando ao próprio favor.

TIME: Você não é licenciado?
PETE: Não, sou um investigador não licenciado. É desse jeito que consigo as informações que preciso para fazer o que faço.

TIME: Qual foi a pior coisa que você já viu em sua carreira?
PETE: Numa granja(de produção de ovos), é bastante normal ver galinhas sendo jogadas vivas no lixo. Se você torce e quebra o pescoço delas – do jeito que eles falam para você fazer – nem sempre isso causa um deslocamento cervical. Portanto, eles jogam as galinhas ainda vivas no lixo.

TIME: Você já alguma vez desistiu de uma investigação por achar que seria muito forte estar lá?
PETE: Nunca.

Lixo Religioso: Tortura e morte de animais


O deputado EDISON PORTILHO (PT/RS)foi o imbecil que criou o projeto de lei que permite que os animais sejam torturados e sacrificados em rituais religiosos. O Deputado EDISON PORTILHO, sabendo que os protetores dos animais se manifestariam, fez a seguinte trama: marcou a apresentação para votação da lei num dia de julho, mas fez um chamado urgente e marcou a reunião às pressas, mais cedo.

Os únicos avisados foram os demais deputados, ou seja: não havia defesa. Os animais não tiveram oportunidade de ter pessoas que os representassem. Quem poderia responder por eles? E aconteceu o que mais temíamos: houveram 32 votos contra os animais e apenas 2 a favor.

Os animais agora poderão ter olhos e dentes arrancados e cortados em vários pedaços para fazer o tal Banho de Sangue. Os animais que não servem mais para o ritual são mortos a sangue frio, conscientes e sem qualquer anestesia ou método de desensibilização.

Não vamos nos esquecer desse deputado saco de lixo (o lixo que me perdoe pela ofensa) e vamos garantir que esse porcaria nunca mais consiga se eleger nem como síndico de prédio.

Toda a plataforma desse porcaria na política sempre teve a ver com o velho “currupaco racial”. Ó, eu sou afro-descendente, palmas para mim, tudo que é afro é uma maravilha, quem for contra é racista blá, blá, blá, e tenho dito.”

Olha a maravilha de parágrafo único que o grande defensor dos direitos dos negros coloca como se tivesse algo a ver com direitos dos negros:

Art. 2º – É vedado: I – ofender ou agredir fisicamente os animais, sujeitando-os a qualquer tipo de experiência capaz de causar sofrimento ou dano, bem como as que criem condições inaceitáveis de existência;

II – manter animais em local completamente desprovido de asseio ou que lhes impeçam a movimentação, o descanso ou os privem de ar e luminosidade;
III – obrigar animais a trabalhos exorbitantes ou que ultrapassem sua força;
IV – não dar morte rápida e indolor a todo animal cujo extermínio seja necessário para consumo;
V – exercer a venda ambulante de animais para menores desacompanhados por responsável legal;
VI – enclausurar animais com outros que os molestem ou aterrorizem; VII – sacrificar animais com venenos ou outros métodos não preconizados pela Organização Mundial da Saúde – OMS -, nos programas de profilaxia da raiva.

Parágrafo único – Não se enquadra nessa vedação o livre exercício dos cultos e liturgias das religiões de matriz africana. (Incluído pela Lei n° 12.131/04)

Black Heil grande defensor, EDISON PORTILHO.

Leia na íntegra clicando aqui

Cochonilla,corante de origem animal, cuidado com as cores do que come.

Autor: Diário do Comércio

Carmim : corante do sorvete vem de inseto

Cresce o uso do corante natural extraído da chamada cochonilla carmim. Consumo do pigmento cresceu 30% nos últimos 10 anos em todo o mundo.

Ele está na maioria das gelatinas e iogurtes vermelhos, no sorvete de morango e até em embutidos de carne. Ainda assim poucas as pessoas já ouviram falar do carmim, corante natural extraído do inseto Dactylopius coccus costa , nome científico de uma espécie de cochonilha, conhecida como parasita de plantas.
O uso do carmim movimenta US$ 75 milhões ao ano no mundo. O consumo internacional desse pigmento aumenta devido à sua pureza e ao uso na indústria de alimentos. No Brasil não se produz carmim, pois não existem condições ideais para a produção da matéria-prima que gera o pigmento.

Mais antigo do que se pode imaginar, o ácido carmínico era originalmente utilizado pelo povo mexicano asteca para tingir tecidos e foi introduzido na cultura ocidental por volta de 1.500 pelos colonizadores espanhóis. De lá para cá, não se encontrou substituto à altura. Embora a utilização de corantes sintéticos no início do século XXI tenha reduzido drasticamente a participação do produto no mercado, logo na década de 80 estudos indicavam problemas causados pela alta toxidade do pigmento artificial vermelho. Foi aí que o carmim voltou à pauta, sendo o principal corante de alimentos utilizado hoje.

Peru

Atualmente, o Peru concentra a produção de carmim, com cerca de 800 toneladas por ano. Em seguida vem o Chile, a Bolívia e as Ilhas Canárias. Um dos pontos atrativos para a produção de cochonilha é a sua cotação no mercado internacional. O preço do quilo de cochonilhas previamente secas após a extração é de cerca de US$ 15 a US$ 20, mas já chegou a US$ 100 em “safras menores”.

Para entender o porquê desse valor, basta verificar que para cada um quilo de cochonilha carmim são necessários nada menos do que 150 mil insetos, em média. Já para a extração de um quilo de ácido carmínico, base para a produção das variedades de pigmentos vermelhos, é preciso o processamento de seis a oito quilos de cochonilhas.

Produção

A “colheita” desses pequenos animais acontece em maior parte na região dos Andes, por meio do extrativismo que mantém milhares de famílias na América do Sul. A planta na qual a cochonilha carmim se fixa é uma espécie de cactus ( Opuntia fícus ) que é muito utilizado como cerca das casas peruanas. De acordo com informações da Christian Hansen, a maior indústria de produção de carmim e dona de uma base no Peru, existem apenas duas propriedades voltadas exclusivamente à produção de cochonilha. “A maior parte do fornecimento provém de famílias que fazem a coleta dos animais informalmente e vendem aos atravessadores da comunidade em que vivem”, diz Mirian Moraes, coordenadora de comunicação da empresa distribuidora do corante no País.

Numa etapa à frente, a produção do pigmento é realizada com o processamento das cochonilhas, a partir da extração do ácido carmínico contido apenas nas fêmeas. As tonalidades de cor vão depender do pH. Em soluções mais ácidas, a coloração será mais alaranjada. Em soluções alcalinas, a cor tende a tons de violeta. “A capacidade do ácido reagir a soluções metais propiciou o seu uso na manufatura do pigmento vermelho conhecido como carmim, cuja tonalidade varia de rosa à púrpura”, diz Mirian, acrescentando que as indústrias farmacêutica e de cosméticos usam o corante.

Consumo

Além de todas as questões curiosas que cercam a história desse corante, o fato é que, ao lado do urucum, da páprica, da cúrcuma e de outros corantes naturais, o carmim eleva sua participação no mercado de pigmentos. Seu consumo aumentou em 30% nos últimos 10 anos. A estimativa é de que o mercado dos corantes naturais como um todo já movimente US$ 700 milhões, o que representa uma alta em torno de 40% no uso nos últimos 10 anos em todo o mundo.

Inseto se espalhou pelo Nordeste

Curiosamente, no Brasil já se experimentou a implementação da cultura da cochonilha carmim, mas o resultado foi que o inseto se tornou uma praga no sertão nordestino e, até o momento, ainda se discute como exterminar a cochonilha, que se alimenta do único alimento dos rebanhos regionais resistente aos períodos de estiagem no Nordeste. A perda do controle no crescimento da população de cochonilhas ocorreu a partir de uma experiência da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária em meados de 1999, no município de Sertânia. A idéia era oferecer mais uma opção de renda para o sertanejo por meio da coleta dos insetos.

Ao contrário do que se previa, a cochonilha consolidou-se e extrapolou os limites da área experimental, atingindo também o estado da Paraíba. “Para piorar, temos conhecimento de que é inviável a produção do ácido carmínico por meio do processamento dos animais que infestam o sertão, provavelmente devido às condições climáticas encontradas na Região Nordeste”, informa a empresa Christian Hansen do Brasil.