Mais um Médico assassinado por fundamentalistas cristãos nos E.U.A ?


por ROXANA HEGEMAN, Associated Press

Um proeminente fornecedor de serviços de aborto tardio, George Tiller foi assassinado a tiros domingo na Igreja de Wichita onde ele recebia as pessoas que chegavam a igreja, disse seu advogado. O pistoleiro fugiu, mas um policial disse que um suspeito está sob custódia.

Ele não forneceu detalhes adicionais e só falou sob a condição de se manter anônimo.

George Tiller já era de longa data alvo dos grupos anti-aborto (cristãos fundamentalistas com mania de explodir clínicas e atirar em médicos) desde protestos em 1991, ele foi baleado enquanto prestava serviços na Igreja Luterana Reformada, suas esposa estava no coral no momento dos disparos. Segundo a polícia o suspeito fugiu num carro que estava registrado em Merriam, um subúrbio de Kansas City, cerca de 320 km de onde o crime ocorreu.

A clínica de Tiller era uma das três nos E.U.A que praticam aborto depois de 21 semanas de gravidez,.

O assassinato de Tiller foi “uma tragédia indescritível”, sua viúva, quatro filhos e 10 netos disseram em declaração emitida por Dan Monnat, advogado da vítima. “Isto é particularmente de cortar o coração pois George foi morto na sua Igreja, sua casa de oração, um lugar de paz.”

A família disse que sua perda “é também uma perda para a cidade de Wichita e mulheres em toda a América. George dedicou a sua vida para proporcionar às mulheres alta qualidade de saúde, apesar das frequentes ameaças e violência.”


Violências anteriores contra Tiller e sua clínica

Tiros

Uma fundamentalista cristão já havia baleado Tiller antes em 1993, Rachelle Ranae “Shelley” Shannon atirou em ambos os braços de Tiller, essa mesma cristã costumava fazer contatos frequentemente com Michael Griffin, assassino de David Gunn que também era médico numa clínica de aborto, Shelley dizia que Griffin era o “maior herói de nosso tempo”.

Em seu depoimento em 1993 ela disse que não havia nada de imoral em tentar matar Tiller.

Atentado a bomba

Em 1985 a clínica de Tiller foi alvo de um atentado a bomba, tudo fruto do grande amor que os cristãos nutriam por ele.

Mais recentemente Tiller havia pedido as autoridades federais que fossem investigados os atos de vandalismo e as ameaças contra a clínica, os incidentes estavam se tornando mais frequentes e Tiller temia por sua segurança.

Nesse mês de maio Tiller havia pedido ao FBI que investigasse atos de vandalismo como o corte dos fios das câmeras de segurança da clínica e danos causados no telhado.

O Massacre dos Incas

O arqueólogo peruano Guillermo Cock descobriu em uma escavação o primeiro crânio já encontrado de um nativo do Novo Mundo morto pelo disparo de um conquistador espanhol. Especialistas forenses chamados para analisar um buraco encontrado no crânio confirmaram que o a vítima foi morta com um tiro. Análises de peritos americanos determinaram que a morte aparentemente ocorreu em 1536, pouco depois da fundação de Lima.

A bala pode ter sido disparada por um arcabuz, uma antiga arma de fogo comum na Espanha naquela época, cujo uso foi rapidamente propagado no Novo Mundo. Os trabalhos de Cock, um arqueólogo com 20 anos de experiência, foram financiados pela “National Geographic”.

– É a primeira vez que descobrimos um cadáver com um buraco causado pelo impacto de uma bala de arcabuz, as armas dos conquistadores espanhóis do século XVI – disse Cock.

Para os especialistas, a descoberta abre a possibilidade de se reescrever esse período da História. Na terça-feira, Cock disse que a descoberta de 483 sepultamentos em Puruchuco, subúrbio de Lima, revela detalhes que contrastam com as versões dos cronistas da conquista do Novo Mundo.

A equipe concluiu que a maioria das pessoas achadas ali morreram de maneira violenta, vítimas de armas tradicionais, como lanças de pedra, e que, seguramente, foram mortos por outros nativos. Aparentemente, os indígenas do povoado de Guailas, descontente com o governo inca, aliaram-se aos espanhóis, graças à mediação da princesa inca Inés Huaylas, concubina do conquistador espanhol Francisco Pizarro. Os sepultamentos não foram feitos de acordo com o rito inca, possivelmente devido à pressão criada pela batalha.

– Vamos ter que olhar a História como um processo muito mais complexo, não são simples como um pequenos grupo de espanhóis ter sido capaz de dominar todo o império inca – disse Cock.

O cemitério de Puruchuco, descoberto em 2004, quando começaram as escavações para a construção de uma avenida, é considerado uma prova do Cerco de Lima, episódio que culminou com a morte do líder dos incas rebeldes, Quizo Yupanqui. Os corpos foram datados de agosto de 1536.

Segundo Cock, para os espanhóis de Pizarro, a batalha após o Cerco de Lima foi especialmente importante, porque significou uma vitória fundamental após várias derrotas para o poderoso império inca.

– Os restos estavam muito perto da superfície, não estavam orientados em direção ao noroeste e estavam envoltos em telas simples, não como exigiam os ritos funerários. E não tinham oferendas – descreveu Cock.

Para ele, a falta de rigor pode se explicar pelas circunstâncias extremas posteriores à batalha e “pelo temor dos incas de serem encontrados enterrando os seus”. Além disso, podem ter pesado a desestruturação da sociedade inca na conquista espanhola e o possível desaparecimento dos especialistas em ritos funerários.

Todos os restos encontrados no cemitério eram de indígenas de 18 a 24 anos. Três eram mulheres. Trinta e cinco foram seguramente vítimas de doenças trazidas pelos colonizadores.

Pedofilia Sim, Aborto Não

“Abusos sexuais são menos graves que aborto”

Jornal de Notícias – Portugal

Cardeal espanhol relativizou abusos sexuais praticados em instituições religiosas irlandesas.

Segundo o diário espanhol El Pais, o Cardeal António Cañizares, em declarações à TV3, o canal de televisão da Catalunha, canal comparou os episódios de abusos sexuais nas escolas católicas da Irlanda com o aborto. Para o cardeal os abusos são menos graves que os aborto. (que peninha que esse monstro de batina não vem aqui nem vai cair numa aconchegante cela cercado de um monte de ladrões e assassinos para quem ele poderia repetir esse seu brilhante senso de moral)

Em entrevista à TV3, o cardeal pediu perdão pelos abusos sexuais a menores praticados entre os anos 50 e 80 nas escolas católicas irlandesas. Em contraponto, afirmou que esses crimes são menos grave as “milhões de vidas destruídas” pela prática do aborto. (Por que que ficou tão comum esse argumento nojento de tentar distrair a audiência dizendo que as falhas mais graves são as dos outros? Pedofilia é a coisa mais imunda que pode existir, o sujeito arranca a inocência de uma criança e lhe dá de brinde uma vida inteira no inferno, mas na cabeça desse excremento de batina como é a gangue dele que ficou conhecida pela pedofilia então não é tão grave. Depois de ouvir esse cardeal até me tornei pró-aborto, no caso específico do cardeal, afinal esse cardeal deveria ter sido abortado.

Para argumentar o cardeal explicou que o aborto “destruiu legalmente mais de 40 milhões de vidas humanas, quando a legislação deveria dar apoio aos direitos e à justiça.” E vai ainda mais longe quando afirma que a reforma da lei do aborto debilita os fundamentos da sociedade, porque “o primeiro direito é o direito à vida”. (Ninguém explicou para esse lixo que não é a vida e sim a qualidade de vida, afinal a própria crença dele diz que há vida eterna para todos, uns passarão ela no paraíso, outros como esse cardeal e a gangue dele nos quintos dos infernos, a diferença toda está na qualidade existência da vida eterna de cada um)

O governo espanhol, pela voz da ministra da Saúde e Política Social, Trinidad Jiménez, já respondeu às declarações do cardeal, ao classificá-las de “muito graves”. A ministra acrescenta que são afirmações “irresponsáveis e inoportunas” e que não são comparáveis os casos dos abusos sexuais de menores com o aborto. (Que nada ministra, é muito bom quando eles abrem a boca assim , afinal é o único jeito de conhecer criaturas que estão acostumadas a terem várias caras e viver e ganhar status com superstição alheia)

Destruição da História Militar Brasileira.

EXÉRCITO BRASILEIRO PREPARA DESTRUIÇÃO DE ARMAS HISTÓRICAS

Com a destruição proposta pelo Exército Brasileiro, milhões de reais serão desperdiçados e mais uma vez pedaços importantes da história serão destruídos ajudando assim que o Brasil continue sendo um país sem memória.

O Boletim do Exército nº 18/2009, datado de 08 de maio de 2009, traz uma Portaria (nº 258 de 30 de abril de 2009) que pode levar a destruição de milhares de armamentos e equipamentos considerados obsoletos e/ou inservível para utilização atual.

Basicamente a Portaria busca oferecer estas armas a entidades que cuidam da conservação do “acervo histórico” de nossas Forças Armadas, sendo na negativa destas entidades em receber as armas elas serão destruídas, e terão sua matéria prima (“sucata”) vendida.

Dentre as armas que serão destruídas estão milhares de espadas e baionetas, fuzis Mauser(mais de 20.000 itens), além de centenas de armas históricas como Thompsons, BARs, etc.

Serão destruídas armas brancas e de fogo que são verdadeiro símbolo da evolução tecnológica da humanidade, mandando-se “ralo abaixo” diversos itens centenários.
A destruição de tais armas fica significa verdadeira afronta ao art. 216 da nossa Constituição Federal, por jogar no lixo parte da História do Brasil e das Grandes Guerras.
Nunca é demais lembrar que há pessoas que são habilitadas legalmente a comprar tais armas por meio de certame público (através de licitação) que são os Colecionadores registrados e fiscalizados pelo próprio Exército.

Aos Colecionadores registrados sequer foi ofertada a possibilidade de preservar esta importante parte da História do Brasil

Além disso, por razões óbvias, a “matéria prima” decorrente da destruição das armas vale extraordinariamente menos do que as armas em si. Para se ter uma idéia um Fuzil Mauser 1908 enquanto “sucata” renderia ao Estado cerca de R$ 0,56 (peso de 4 quilos, preço base SP), sendo que em uma licitação pública a Colecionadores registrados chegaria a ser vendido por cerca de R$ 1.500,00! Clara lesão ao patrimônio da União, um desperdício de milhões de reais que poderiam ser usados para reequipar o próprio Exército Brasileiro.

Lista completa das peças de nossa história militar que serão destruídas: Clique AQUI

"Memórias Sexuais no Opus Dei"

“Memórias Sexuais no Opus Dei”

Escrito pelo professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo, 41, o livro ataca o grupo católico ultraconservador relatando casos de repressão sexual e “lavagem cerebral” em um centro do Opus Dei em São Paulo, frequentado por ele durante dez anos (1985-1995).

O autor adota um tom testemunhal, de desabafo, acerto de contas com o grupo. Ele detalha como funciona o Opus Dei (Obra de Deus, em latim) e dá nomes aos bois, identificando líderes do grupo em São Paulo. O livro tem um potencial explosivo por misturar sexo, religião e aliciamento de jovens.

“Acho que os clubinhos do Opus Dei são locais muito perigosos para as crianças e adolescentes”, escreve o professor. Em seguida, ele arremata: “Mesmo sem ter presenciado casos explícitos de pedofilia, acho que é preciso repensar esse esquema todo”.

Gays e virgindade

Sobre a presença de gays no Opus Dei, o autor escreve: “É óbvio que existe homossexualismo entre os numerários do Opus Dei, mas a gente nunca fica sabendo”. Hoje Brolezzi é casado. No livro, ele conta que sua primeira relação sexual só ocorreu aos 30 anos, após vencer os bloqueios atribuídos à convivência na organização religiosa.

O livro explica alguns termos do Opus Dei. “Numerários” são membros celibatários do grupo e que “mandam na Obra”, uma espécie de “Cavaleiro Jedi”. Já os “supernumerários” podem casar e “servem para dar dinheiro para a Obra e gerar filhos que devem frequentar os clubinhos”.

O autor revela critérios pouco edificantes usados pelo Opus Dei para ampliar seu rebanho: “A idéia é perseguir as pessoas, escolhendo os peixes grandes –pessoas da elite financeira e intelectual (…) Não nos interessavam as moças, os cabeludos, os tatuados, os que usavam brincos, os que tinham jeitinho de gay”.
Segundo Brolezzi, não interessavam à Obra estudantes das áreas de ciências humanas, como letras, história, jornalismo, filosofia, psicologia e sociologia. “Para o Opus Dei, interessavam, sobretudo, estudantes universitários de cursos como Engenharia, Matemática, Física, Química, Administração de Empresas, Odontologia, Medicina ou Direito”.

Macacão antimasturbação

Os trechos realmente mais picantes surgem do meio para o final do livro, quando são descritos formas de reprimir o prazer sexual. Por exemplo, o “macacão antimasturbação” era uma camisa de mangas longas costurada a uma calça jeans, que era vestida ao contrário, com o zíper voltado para trás, a fim de evitar o contato das mãos com o (…).

Mesmo condenada pelo grupo (“Desde os primeiros anos, é colocado um vírus no seu cérebro que faz você se sentir um pervertido sexual”), a masturbação era inevitável e logo teria de ser admitida em confissão, segundo o autor: “Lembra-se da fila dos batedores de (…) que se formava na sacristia minutos antes da missa todos os dias? Não sei se falei que eram todos jovens”.

O livro revela também as práticas ascéticas do grupo, como o uso de um chicotinho e uma corrente de malha metálica cheia de pontas. “O jovem entra em um banheiro da parte superior interna do centro, tranca a porta, abaixa as calças, curva-se para a frente e começa a se chicotear com um instrumento construído para causar dor, chamado disciplinas.”

Em seu livro, o professor da USP define o Opus Dei como “uma seita que se encalacrou na Igreja Católica por meio de politicagem e da obtenção de aprovações necessárias dos papas”.

Desde que João Paulo II a ungiu o Opus Dei com o status de prelazia pessoal, em 1982, a Obra tornou-se oficialmente corpo e sangue da Igreja. Prevista pelo Concílio Vaticano II (1962-1965) e incorporada pelo Código de Direito Canônico, essa nova figura jurídica garantiu ao Opus Dei um duplo privilégio. Por um lado, espalha-se pelo mundo sob o escudo da tradição milenar da Igreja de Roma. Por outro, é independente dos bispos e dioceses. A Obra só obedece ao prelado, cargo vitalício hoje ocupado por dom Javier Echevarría. E ele só presta contas ao papa.

Dentro do Vaticano, o Opus Dei incomoda os cardeais mais progressistas, que assistiram alarmados às demonstrações de entusiasmo de João Paulo II. A canonização do fundador da Obra aconteceu em tempo recorde para os padrões da Igreja, apenas 27 anos após sua morte. Bem diferente, por exemplo, do caso de José de Anchieta, cuja patente de santo é uma causa antiga dos brasileiros: o jesuíta morreu em 1597, mas só se tornou beato em 1980 e não há estimativa de quando possa virar santo. Antes da canonização, Escrivá era uma figura controversa. Jesuítas espanhóis o acusavam de criar uma ‘maçonaria dentro da igreja’ e até de promover ‘uma nova heresia’.

Bento XVI é mais sóbrio na exposição de seus afetos que seu antecessor, mas a obediência dos membros do Opus faz da instituição um aliado valioso em um mundo onde a maioria dos fiéis prefere escolher as próprias opiniões. ‘Obedecei, como nas mãos do artista obedece um instrumento – que não se detém a considerar por que faz isto ou aquilo – certo de que nunca vos mandarão coisa que não seja boa e para toda a Glória de Deus’, aconselha Escrivá.

O vaticanista John Allen Jr estima o patrimônio da organização em US$ 2,8 bilhões – pouco se comparado ao da Igreja nos Estados Unidos (US$ 102 bilhões), muito se o parâmetro for a quantidade de membros. Cada numerário é obrigado a deixar salário e patrimônio para o Opus Dei. ‘Quando completei cinco anos na Obra, tive de lavrar um testamento deixando minha herança para a instituição’, conta o ex-numerário David Fernandes, engenheiro do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). ‘Quando saí, não me devolveram nada, mas acredito que não tentem me tomar as coisas. Se a Obra é tão boa, por que não há uma plaquinha na frente de cada centro dizendo o que são?

Leia Mais:
Época
Folha

A Hipocrisia de Obama

As polêmicas fotografias que mostram abusos de prisioneiros em prisões do Iraque e do Afeganistão durante a Era Bush – e que o atual presidente dos EUA, Barack Obama, insiste em manter em sigilo – incluiriam imagens de estupro e violência sexual, segundo reportagem publicada na edição desta quinta-feira do “Daily Telegraph”. De acordo com o jornal britânico, as fotos mostrariam soldados americanos abusando sexualmente de prisioneiros e prisioneiras. As imagens também retratariam violações com objetos como cassetetes e arames. Em uma das fotos, uma prisioneira apareceria com os seios à mostra, enquanto sua roupa é tirada à força.

Detalhes do que se vê nas imagens – até agora protegidas – teriam sido revelados em uma entrevista do Major-general Antonio Taguba, ex-funcionário do Exército americano, que conduziu um inquérito sobre o centro de detenção de Abu Ghraib no Iraque.

Acusações de estupro foram incluídas no relatório produzido em 2004, mas o fato de que existiam provas para comprovar tais abusos nunca havia sido revelado e foi confirmado agora por Taguba.

De acordo com o “Telegraph”, a natureza de algumas imagens talvez explique a insistência de Obama em tentar bloquear a divulgação de cerca de duas mil fotografias de prisões no Iraque e no Afeganistão, apesar de um compromisso firmado anteriormente para permitir que viessem a público.

O major-general Taguba, aposentado desde janeiro de 2007, disse apoiar a decisão do presidente:

Essas imagens mostram tortura, abuso, estupro e todo tipo de indecência. Não tenho certeza do propósito da divulgação das mesmas. Uma conseqüência seria colocar em perigo as nossas tropas, os únicos defensores da nossa política estrangeira, quando nós mais precisamos deles, e as tropas britânicas que estão tentando levar segurança para o Afeganistão.

Ele disse ainda que a mera descrição das imagens é terrível o suficiente a ponto de deixá-lo sem palavras.

Em abril, o governo Obama anunciou que as fotos seriam divulgadas e que seria à toa apelar contra um julgamento a favor da União pelas Liberdades Civis (ACLU). Mas pouco depois o presidente americano voltou atrás, sob a alegação de que as fotos poderiam colocar as tropas em risco.

Pensava-se que as fotos seriam similares às divulgadas há cinco anos, que mostrava prisioneiros pelados e ensaguentados sendo intimidados por cachorros, puxados por uma coleira, amontoados e amarrados.

As últimas fotos estão relacionadas a 400 casos de suspeita de abuso ocorridos entre 2001 e 2005 em Abu Ghraib e outras seis prisões. Segundo Obama, os responsáveis pelos abusos foram identificados e as medidas necessárias foram tomadas.

O inquérito realizado pelo Major-general Taguba sobre os abusos de Abu Ghraib inclui o depoimento de 13 prisioneiros, considerados por ele “críveis baseados na clareza de seus relatos e evidências providas por outras testemunhas”.

Acordo Brasil e Santa Sé já está na Câmara dos Deputados

O acordo tramita de forma silenciosa, sem debate público. O conteúdo preocupa profissionais e movimentos de todo o país.

Advogados, juristas, profissionais da área de saúde e representantes de movimentos sociais de todo o país estão preocupados com o encaminhamento silencioso dado pelo Governo Federal em relação ao Acordo Brasil e Santa Sé, assinado em novembro de 2008. Apesar de não ter sido discutido amplamente com a sociedade, o documento já está tramitando na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados para ser votado como uma Mensagem nº 134/2009. Após seguirá para ser apreciada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e ao Plenário da Casa. O conteúdo do documento trata basicamente dos interesses econômicos e outros privilégios da Igreja Católica no Brasil, tais como: isenção de impostos para rendas, propriedades e atividades das entidades católicas (quase 1.500 escolas, hospitais, etc.); o ensino religioso católico nas escolas públicas; a reserva de terrenos para a construção de Igrejas; a não existência de vínculos trabalhistas de religiosos com suas ordens, dentre outros.

Os grupos religiosos que defendem o acordo estão se mobilizando para que o mesmo seja votado sem alarde e sem debates dentro do Congresso Nacional. Em sentido oposto, os movimentos de mulheres e outros setores da sociedade civil defendem a realização de audiências públicas para discutir o conteúdo do Acordo, sob pena de inviabilizar o debate democrático pela ausência de informações e restrição à participação de estudiosos sobre o tema e setores interessados neste assunto.

“O conteúdo do Acordo denuncia o desejo da instituição Católica de manter privilégios em detrimento das outras religiões e da população, desrespeitando a laicidade do Estado brasileiro. Além disso, este documento demonstra as ambiguidades de uma religião que na sua Doutrina Social prega a igualdade e a inclusão e, por outro lado, tenta aprovar, como lei nacional, um Acordo para eternizar privilégios num país de tantas desigualdades e concentração de renda, onde os programas sociais são as únicas possibilidades de sobrevivência para muitas famílias”, afirma Dulcelina Xavier, socióloga das Católicas pelo Direito de Decidir.

Roseli Fischimann – Professora de Pós-Graduação em Educação da USP
Beatriz Galli – Advogada | IPAS Brasil
Dulcelina Xavier – Socióloga | Católicas pelo Direito de Decidir
Kauara Rodrigues – Cientista Política | CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria
Paula Viana- Enfermeira | Grupo Curumim
Roberto Lorea – Juiz | Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul
Samantha Buglione – Advogada | Cladem Brasil

Dentro do Opus Dei – Revista Época

Dentro do Opus Dei

Ex-membros contam em livro os bastidores de autoflagelação, manipulação mental e estratégias de poder da prelazia católica

Revista Época28/10/2005 – Edição nº 389 – ELIANE BRUM

Até dois anos atrás, Jean Lauand encaixava diariamente na coxa por duas horas um anel com pontas de ferro chamado cilício. Uma vez por semana se autoflagelava com um chicote enquanto rezava a salve-rainha. Lauand não é um psicótico vivendo um delírio medieval. É professor titular da Universidade de São Paulo, doutor em Filosofia e História da Educação e renomado especialista em São Tomás de Aquino. O cotidiano de mortificações é explicado pelos 35 anos em que pertenceu ao Opus Dei, poderosa prelazia da Igreja Católica. Dos 16 aos 51 anos manteve-se casto. Ao sair, havia doado R$ 1 milhão à instituição. Com outros dois ex-membros, o juiz Marcio Fernandes da Silva e o cardiologista Dario Fortes Ferreira, escreveu o livro Opus Dei – Os Bastidores.

É a primeira vez no Brasil que ex-adeptos da organização fundada há 77 anos por Josemaría Escrivá contam sua experiência em livro. Na Espanha, onde ‘a Obra’, como é chamada, surgiu, já existe uma bibliografia com denúncias de ex-integrantes. Os brasileiros criaram também o site http://www.opuslivre.org, usado pelos dissidentes para trocar confidências. Má notícia para a instituição, que ainda luta para recuperar-se dos danos causados a sua imagem pública pelo best-seller O Código Da Vinci, de Dan Brown.

O poder do Opus Dei não emana do número de adeptos, mas do lugar que ocupam na sociedade. No Brasil, a Obra tem oficialmente 1.700 seguidores – são 80 mil no mundo. Pouco, se comparado aos milhões de carismáticos, mas quase todos têm curso superior e estão estrategicamente instalados em zonas de poder. A categoria dos numerários, à qual pertenciam os autores, é a elite da organização. Vivem nos centros, são celibatários e doam bens e salários. Numerário citado no livro, o jornalista Carlos Alberto Di Franco diz que a publicação ‘é inconsistente, um factóide’. ‘A forma como me citaram foi uma difamação. A instituição foi apresentada como uma monstruosidade’, critica. A direção do Colégio Catamarã, também citado, não deu resposta ao pedido de entrevista. O Escritório de Informações do Opus Dei fez uma declaração: ‘A prelazia do Opus Dei lamenta a publicação por tratar-se de um texto repleto de falsidades que deturpam grotescamente a realidade vivida nesta instituição, querida e abençoada pela Igreja Católica, que sempre contou com o manifesto apreço e estímulo dos papas que a conheceram’.

Os três autores seguem católicos praticantes. ‘Estou com vergonha dos colegas na USP, mas decidi me expor por amor à Igreja, que é usada pelo Opus como um escudo para se proteger das denúncias’, diz Lauand. Na terça-feira, Lauand e Marcio Fernandes da Silva receberam ÉPOCA para a seguinte entrevista.

ÉPOCA – Por que escreveram o livro?
Jean Lauand – Depois de descobrir que fomos manipulados por anos, saíamos culpados, com problemas psicológicos. Os ex-membros são tratados como mortos. Fotografias e registros são suprimidos dos arquivos. Seu nome não pode ser citado. Criamos o site para que as pessoas pudessem se encontrar e trocar experiências. A certa altura, pensamos em acabar com ele. Então o Dario (Fortes Ferreira) disse: ‘Não quero que meus filhos sejam enganados pelo Opus Dei por falta de informação’. Recolhemos 150 depoimentos. O livro ficou pronto em seis meses.

ÉPOCA – Vocês entraram para o Opus Dei antes dos 18 anos. É uma estratégia aliciar adolescentes, por ser uma fase da vida em que se está confuso com o lugar no mundo, descolando-se da família e em busca de um grupo?
Marcio Fernandes da Silva – O que está por trás é a inexperiência típica dessa fase. É muito mais fácil doutrinar uma personalidade em formação. Aliciam nos clubinhos anexos ao centro. Tem autorama, montagem de aquários, coisas artísticas. Atividades de fachada para que a criança vá se acostumando com o grupo. Mais recentemente o aliciamento começou a ser feito no Colégio Catamarã, escola de educação fundamental com separação de sexos, em São Paulo. Mas não dizem que é do Opus Dei. É dirigido por pessoas fortemente ligadas à Obra. Dentro do Opus Dei, o Catamarã é chamado de ‘cata-moleques’.

ÉPOCA – Você conta que quando estava na Obra fazia aliciamento e não dizia que era do Opus Dei…
Silva – Fazer proselitismo é uma das obrigações dos membros. Você precisa conseguir outras vocações. Convidava colegas de escola para participar dos clubes. Dizia que era um centro cultural. Mais tarde convidava para uma meditação do sacerdote. Obedecia à instrução do diretor: ‘Só depois você conta que é do Opus Dei, para que primeiro a pessoa conheça o centro e se envolva’.

ÉPOCA – Usavam o cilício?
Lauand – Todos usavam, não só eu. Duas horas por dia. E as disciplinas, autoflagelação, uma vez por semana enquanto dura uma oração, por exemplo, uma salve-rainha. Dá algumas dezenas de chicotadas nas nádegas. Isso é visto como uma grande manifestação de amor a Deus. Tem o sentido da penitência. A primeira coisa que eu fiz quando saí foi jogar o cilício fora.
Silva – Parece uma coleira de cachorro com pontas de ferro que penetram na carne. Você encaixa e faz pressão na perna. É significativo, porque mostra o grau de controle mental que a instituição consegue sobre o indivíduo.

ÉPOCA – Por que se submeteram?
Silva – Entramos muito jovens, nosso mundo passa a ser aquele, todos os nossos amigos estão lá. Somos proibidos de ler o que queremos, de ir ao teatro e ao cinema, a TV é chaveada, o jornal já chega editado. Somos proibidos de ter amizade com gente de fora, nosso contato com a família é restrito. E ainda ficamos 43 dias por ano em reclusão. Vivemos numa bolha. Nem sequer podemos escolher a armação dos óculos que usamos.

ÉPOCA – Vocês mencionam a ‘Conversa Fraterna’, em que precisam revelar todos os pensamentos. Como é?
Lauand – Uma vez por semana, 45 minutos do que chamam de ‘sinceridade selvagem’. Não se pode esconder nada. Assim ficam sabendo de tudo. São Josemaría prescrevia contar as coisas que você não gostaria que outra pessoa soubesse, começando com ‘o sapo gordo que está dentro da alma’. Se não conta, cria ‘um segredo com Satanás’.

ÉPOCA – Como funciona a estratégia de ocupação das instâncias de poder na sociedade, como mídia e Judiciário?
Silva – O Opus Dei busca o poder sobre o pensamento do indivíduo 24 horas por dia. Como os membros são bem situados, é através do poder sobre eles que conseguem influenciar as instituições. O pensamento básico é: o mundo e a própria Igreja Católica estão perdidos, mas nós temos a salvação porque recebemos a mensagem de Deus de santificar todas as realidades terrenas. O fundador tem uma frase: ‘Temos de embrulhar o mundo em papel impresso’. É um plano do Opus Dei. No Brasil entraram com tudo nas redações.
Lauand – Na mídia, há um gênio que é o Carlos Alberto Di Franco, pessoa de uma simpatia e sedução incomparáveis e ä que há anos realiza o Curso Master em Jornalismo da Universidade de Navarra, que é do Opus Dei. Ele faz parte dos intocáveis de que falamos no livro. Tem privilégios para mostrar uma imagem pública glamourosa da instituição, pode fazer coisas proibidas para os demais numerários.

ÉPOCA – Poder para quê?
Lauand – Poder em si. Vou dar um exemplo de como o Opus Dei age. Em 1980, João Paulo II, que recentemente tinha se tornado papa, veio ao Brasil. O Opus Dei estava interessado em conseguir o estatuto de prelazia e a beatificação do fundador. Em 1980, a Obra estava em São Paulo e mal-e-mal em Curitiba, no Rio de Janeiro e em Campinas. Montou-se uma operação de guerra dizendo que no Brasil só havia bispos de esquerda e que era preciso demonstrar ao papa, que havia sofrido horrores com os comunistas na Polônia, que podia contar com o carinho do Opus Dei. Aonde quer que o papa fosse, de Porto Alegre a Fortaleza, aparecia gente com faixas em que estava escrito ‘Univ, totus tuus’. Univ é o nome de um congresso ligado ao Opus Dei e ‘totus tuus’ significa ‘todo teu’, e era o lema de João Paulo II. Eu comandei essa operação em Brasília. A ordem era aparecer na mídia a qualquer preço. Dez pessoas deviam fazer o barulho de mil. Conseguiram a prelazia dois anos depois. Outro exemplo: o grande sonho de João Paulo II era ir à Rússia, o que nunca foi possível. Mas na Páscoa, em Roma, em um encontro com jovens do Opus Dei, encontrou 31 russos: um de verdade e 30 de Navarra. Cantaram em russo perfeito. No final, um deles disse em russo que o amava. O papa se emocionou. Depois deram muita risada.

ÉPOCA – Homens e mulheres vivem totalmente separados no Opus Dei. A mulher é vista como algo pernicioso?
Silva – Não se pode ficar numa sala fechada com uma mulher. Carona, nunca. Não se pode tratá-la no diminutivo. Beijinho no rosto, nem pensar. Se viajar de ônibus e sentar ao lado de uma moça, tem de trocar de lugar.
Lauand – Os homens podem dormir em colchões normais, as mulheres têm de dormir em tábuas. Têm de domar seus instintos perigosos. São proibidas de segurar crianças no colo e de ir a casamentos porque podem se deixar levar pela imaginação.

ÉPOCA – Como foi voltar ao mundo?
Silva – Eu faço uma analogia com a cena do filme Matrix, em que Neo (personagem de Keanu Reeves) se liberta da cúpula em que funcionava como uma pilha para fornecer energia. Como ele, eu era apenas um instrumento da grande máquina de manipulação que é o Opus Dei. Já liberto, Neo está fraco, precisa refazer os músculos porque nunca os usou. Como ele, eu não estava pronto para viver fora da bolha. A instituição me destruiu. Busquei a ajuda de psicólogos. Tinha assumido personalidade robótica. Precisava me desprogramar. Foi como nascer de novo.

O juiz Marcio Fernandes da Silva conta como foi aliciado pelo Opus Dei quando ainda era um menino :

‘COM APENAS 15 ANOS GANHEI MEU KIT DE AUTOFLAGELAÇÃO’

Conheci o Opus quando eu tinha 10 anos. Fui convidado por um vizinho a participar das atividades do Clube Pinhal. Os ‘clubes’ do Opus Dei são sedes para captar garotos. Esse clube funcionava – e talvez ainda funcione – no subsolo do Centro Cultural Pinheiros, em São Paulo. Envolvia atividades manuais, brincadeiras, competições. Havia também uma aula de catecismo. Como meus pais nada sabiam sobre o Opus, deixaram-me freqüentar o clubinho. Aos 14 anos, passei também a participar do centro. Pouco a pouco, ia aumentando a dose de formação que recebia. O pessoal do centro foi me propondo participar de cada uma das atividades, como meditações e retiros, de maneira gradual. A certa altura, eu já ia quase todos os dias da semana para lá.

Aos 15 anos, um dos membros da instituição começou a insistir que eu também me tornasse um membro. Achava que ele estava enganado, que eu não tinha vocação nenhuma. Aí fiz um retiro. Uma das meditações teve como tema a vocação. O sacerdote insistiu na necessidade de sermos generosos. Perguntei ao sacerdote do centro se eu tinha vocação. Ele disse que sim, sem hesitar. Perguntei ao diretor, que também confirmou. Aquilo tudo me deu um mal-estar, uma sensação de beco sem saída. Minha idéia era casar, ter filhos, ser um cristão mais comum. Mas aquele era o pessoal que eu mais prezava, era o meu principal círculo de amizade. Depois de dez dias de dilema, ‘apitei’ – palavra que no jargão do Opus significa pedir admissão. Alguns numerários vieram me cumprimentar dizendo: ‘Pax’. Eu deveria responder: ‘In aeternum’. Naquele momento eu acreditava que Deus, falando através do sacerdote e do diretor, queria que eu fosse um membro do Opus. Pensei: ‘Fui generoso’. Não contei nada aos meus pais. No Opus falavam que os pais não entendiam a vocação dos filhos, que o melhor era não falar nada ainda. Tornei-me numerário-adjunto, que ainda não mora no centro. O diretor foi me explicando como viver o chamado ‘espírito da Obra’. Falou-me sobre o cilício, um cordão com pontas de ferro usado por baixo da roupa em uma das coxas, como mortificação obrigatória. Falou-me sobre as disciplinas, uma espécie de chicote de cordas usado uma vez por semana. Ganhei meu kit de autoflagelação. Aos 18 anos fui morar no centro.

SKA-P – Crimen sollicitationis

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O documento Crimen Sollicitationis é um documento secreto interno da igreja, que instrui bispos como lidar com acusações de abusos sexuais cometidos por padres em suas paróquias.

O texto impõe um juramento, em que a vítima, o acusado e eventuais testemunhas se comprometem a manter sigilo absoluto sobre o caso.

A quebra do juramento levaria à excomunhão.

Durante mais de 20 anos, o homem encarregado de zelar pela obediência aos termos do documento foi o cardeal Joseph Ratzingerantes de virar papa.

O documento Crimen Sollicitationis (latim para Crime da Solicitação) foi escrito em 1962 em latim e distribuído a bispos do mundo inteiro, com a recomendação de que fosse guardado a sete chaves. Poucas pessoas de fora da igreja tiveram acesso a este documento.

Saiba mais sobre o assunto clicando aqui

Fundadora da Pastoral da Criança deu Golpe de mais de R$ 3.000.000,00

Justiça do PR condena ONG ligada a Zilda Arns

SOLANGE SPIGLIATTI – Agencia Estado

A organização não-governamental (ONG) Geração de Emprego, Renda e Apoio ao Desenvolvimento Regional (Gerar) foi condenada hoje pela 3ª Vara Federal de Curitiba a restituir o dinheiro público à União usado para pagamento por serviços prestados por empregados e conselheiros diretamente vinculados à própria ONG. De acordo com dados do site da Gerar, a entidade tem como presidente de honra Zilda Arns (Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns), fundadora da Pastoral da Criança, e tem como superintendente executiva Heloisa Arns Neumann Stutz, sua filha e sobrinha de Dom Paulo Evaristo Arns.

Tão pobre anda o mundo que a velha 171 em questão já chegou até a ser indicada para o Prêmio Nobel da Paz.

O Ministério Público Federal (MPF) propôs ação civil pública para que fosse declarada a nulidade do termo de parceria celebrado entre a Gerar e a União e pedindo a devolução dos valores repassados pelo Estado. De acordo a denúncia, não haveria prova de que foi criado emprego e renda nos Estados beneficiários no projeto – Acre, Ceará, Pernambuco, Bahia e Distrito Federal.

Os recursos repassados foram utilizados para pagamento de diárias, traslados, reembolso de despesas de viagem, implantação de escritório regional da entidade, assessoria de projeto, coffee breaks e passagens aéreas, além de outros gastos, com parte desses valores sendo direcionados aos dirigentes da entidade.

De acordo com o processo, a entidade celebrou convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para propiciar “a criação de oportunidades de geração de trabalho e renda, priorizando as famílias beneficiárias pelo Programa Bolsa Família, abrangendo 57 municípios, por meio da implantação da Metodologia Gerar e da Articulação de ações emancipatórias com intuito de fomentar o empreendedorismo”.

Segundo a Justiça Federal, o projeto teria passado por três fases, com repasses de R$ 274 mil e de R$ 3 milhões. Em agosto de 2007, foi determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a suspensão de repasses, o que foi posteriormente revogado em decisão colegiada.